domingo, 29 de novembro de 2015

Crucifèrius! - A Nice Way Of Life (1970)






Crucifèrius é um ícone do prog francês e o seu som é incomum e difícil de descrever. Ele reúne influências do jazz, do soul e do R&B. As letras são cantadas em inglês e a da última faixa é um poema de Edgar Allan Poe. A faixa 5 é um clássico de Steve Winwood da época do Spencer Davis Group, mas aqui ela ganhou uma nova roupagem, muito legal. A dupla Breant e Perru continuou suas idéias na banda Nemo.



Francois Breant - teclados, vibrafone, vocal
Marc Perru - guitarra, vocal
Bernard Paganotti - baixo, vocal
Patrick Jean - bateria



1 Big Bird (Steve Cropper)
2 What Did You Do 
3 Let's Try 
4 A Nice Way Of Life 
5 Gimme Some Lovin' (Steve Winwood)
6 It's Got To Be A Rule 
7 Jungle Child 
8 Annabel Lee

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Eberhard Weber - The Colours Of Chloë (1974)






O alemão Eberhard Weber é notável por introduzir o contrabaixo vertical de corpo sólido, isto lá nos anos 70. Ele também é ouvido em vários discos dos muitos muitos músicos da gravadora ECM, incluindo Pat Metheny. O brasileiro Baden Powell é outro com teve algumas parcerias. The Colours Of Chloe é o seu primeiro disco solo e uma obra-prima que não se encaixa bem no jazz, nem no fusion mais óbvio por não ter uma guitarra. Ele vai na direção do prog e da cena Canterbury num, talvez, jazz sinfônico, mas nada bombástico. Ao contrário, o toque orquestral é abstrato e sentimental.



Eberhard Weber - baixos, cello, ocarina
Rainer Brüninghaus - piano, sintetizadores
Peter Giger - bateria, percussão
Ralf Hübner - bateria (2)
Südfunk Symphony Orchestra Stuttgart - cellos
Ack Van Rooyen - flugelhorn



1 More Colours
2 The Colours Of Chloë
3 An Evening With Vincent Van Ritz
4 No Motion Picture


terça-feira, 24 de novembro de 2015

Larry Coryell - Offering (1971)







Influências vão, influências vem. O rock progressivo tomou as suas do jazz e o jazz se renovou através do prog. Muitos músicos progressivos tinham formação no jazz ou eram amantes do gênero; cito só dois: Bill Bruford e Rick Wright. Não progressivos também, como Ginger Baker e Jack Bruce, por exemplo. Deu-se então que jazzistas impressionaram-se com o que essa moçada prog estava fazendo e inverteram o processo. Claro, Miles Davis foi o grande expoente e acredita-se que tenha pego o vírus de Jimi Hendrix. Na esteira vieram Herbie Hancock, Chic Corea, ... e Larry Coryell.
Esse blá-blá-blá todo foi só para introduzir esse álbum aqui, que não é dos mais conhecidos de Coryell, mas é uma pequena jóia. Ele foi lançado depois de um álbum aclamado que foi o Barefoot Boy e ele demonstra uma admiração pelo som desenvolvido, entre outros, pela Mahavishnu Orchestra. Então ele é sentido mais ao rock que ao jazz, no jeito prog da coisa e com capa meio psicodélica.



Larry Coryell - guitarra
Steve Marcus - sax soprano
Mike Mandel - piano elétrico
Mervin Bronson - baixo
Harry Wilkinson - bateria



1 Foreplay
2 Ruminations
3 Scotland I
4 Offering
5 The Meditation Of November 8th
6 Begar's Chant

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

John Abercrombie Trio - Speak Of The Devil (1994)







John Abercrombie formou-se na Berklee e caiu na estrada com o bluesman Johnny Hammond. Depois passou um tempo acompanhando Billy Cobham e foi com ele que atraiu os holofotes. Não propriamente na sua banda, mas naquela que formou com os irmãos Brecker chamada Dreams. Seu álbum de estréia chamou-se Timeless, em um trio formado por Jan Hammer no órgão e Jack DeJohnette na bateria. Speak Of The Devil reedita esse trio sem baixo. De fato esse mesmo trio já havia gravado um ano antes, mas esse segundo álbum é mais solto. Abercrombie é um guitarrista genial, com um ataque diferente em cada trabalho e um viés prog que eu curto muito.



John Abercrombie - guitarras
Dan Wall - órgão hammond B3
Adam Nussbaum - bateria



1 Angel Food
2 Now And Again
3 Mahat
4 Chorale
5 Farewell
6 BT-U
7 Early To Bed
8 Dreamland
9 Hell's Gate



sábado, 21 de novembro de 2015

Arabs in Aspic - Far out in Aradabia (2004)






A norueguesa Arabs in Aspic foi fundada por Jostein Smeby e Tommy Ingebrigtsen em 1997. O que os uniu foi a admiração pelo rock pesado dos anos 70, especialmente a Black Sabbath. Eles começaram tocando covers com acompanhantes que sempre variavam e a banda tomou forma definitiva quando o tecladista Magnar Krutvik e os irmãos Nyhus entraram. Então, adeus aos covers, olá para a Uriah Heep e seja bem vindo um viés prog-psicodélico. A semente da Black Sabbath continuou, até por uma Gibson SG bem sujona. Grande banda.



Jostein Smeby - guitarras, vocal
Tommy Ingebrigtsen - violão, Theremin
Magnar Krutvik - órgão Hammond, Korg Sigma
Terje Nyhus - baixo
Eskil Nyhus - bateria, percussão
com
Line Valsø - vocal
Kurt Sprenger - vocal (1)



1 Arabs in Aspic II 
2 Seventytwo / Hair of the Sun 
3 Siseneg 
4 Talking Mushroom 
5 Come to Me 
6 Butterpriest Jam

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Ozric Tentacles - Strangeitude (1991)






Ozric Tentacles foi "a" banda de rock progressivo dos anos noventa, muito embora tenha começado na década anterior, em Glastonbury, lançando sua música em fitas cassete. Ela pegou o legado da Gong que fundia jazz-rock ao hard e ao acid-rock e acrescentou colagens sonoras inspirada pelo trabalho do Mike Oldfield. Strangeitude é o seu oitavo disco e apresenta essa mesma variedade sonora dos primeiros discos, acrescida de uma batida dançante que não é dance, nem pop, nem nada disso. Ao contrário há um certo revival dos anos 70, um quê de Hendrix e outro de Tangerine Dream. Strangeitude é um dos melhores trabalhos da Ozric. Com sons espaciais de sintetizadores e guitarras ele é cativante e, a depender da disposição, carrega o ouvinte à outros mundos. Coisa boa nessa hora.



Ed Wynne - guitarra, violão, sintetizadores
John Egan - flauta, vocal
Joie Hinton - sintetizadores
Roly Wynne - baixo
Merv Pepler - bateria
Paul Hankin - percussão
com
Christopher Lennox-Smith (Seaweed) - sintetizadores, samplers
Stuart Fisher - bateria
Silas Wynne - sintetizadores, samplers



CD 1: Strangeitude
1 White Rhino Tea
2 Sploosh!
3 Saucers
4 Strangeitude
5 Bizarre Bazaar
6 Space Between Your Ears
7 Live Throbbe
8 Weirditude

CD 2: Archives 1991-2004
1 Saucers (Live at Club 2410, Potrland, Oregon - 2009)
2 Sploosh! (Live on XFm Radio, London UK - 2003)
3 Space Between Your Ears (Live at Machester Academy - 1994)
4 White Rhino Tea (Original studio recording)
5 Weirditude (Live at Subeterranea London, UK - 1993)
6 The Throbbe (Live at Brixton Academy, London, UK - 1990)


terça-feira, 17 de novembro de 2015

French TV - The Violence Of Amateurs (1999)






French TV é americana e faz uma música de vanguarda que reúne influências de Frank Zappa, da cena Canterbury e da sueca Zamla Mammas Manna. De Zappa, está o humor e um certo nonsense, bem como a construção concreta das músicas. Dos demais, está o uso dos instrumentos de sopro e a fusão de gêneros. Pode-se dizer que ela pertence ao movimento Rock In Opposition, mas esse é só mais um elemento que usa para explorar um território bem maior. Também parece que os caras se divertem muito, mas não há muito espaço para improvisos, dada a complexidade das composições. Os caras tocam muito! Esse disco foi lançado por um sêlo próprio que não durou muito e depois só foi lançado pelo russo Mals, que é o caso aqui. 
Numa primeira audição esse disco pode parecer insano e incompreensível. Mas veja, insana e incompreensível é a bestial violência.




Mike Sary - baixo, percussão
Dean Zigoris - guitarra, sintetizador de guitarra, sintetizadores análogos, vocal, percussão 
Bob Douglas - bateria (1,5) 
Greg Acker - flautas, percussão (1,3-5) 
John Encifer - teclados
Eugene Chadbourne - banjo 
John Robinson - teclados
Brian Donohue - bateria (2,3,6) 
Steve Good - sax, clarineta
Steve Aevil - sax tenor (2)
Chris Vincent - bateria, vocal, percussão (4) 
Cathy Moeller - violino (4) 
Kirk Davis - vocal, percussão (4)




1 The Kokonino Stomp
2 The Secret Life Of Walter Riddle
3 The Odessa Steps Sequence
4 Mail Order Quarks
5 Tiger Tea
6 Joosan Lost / The Fate (Zamla Mammas Manna)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Kaipa - The Decca Years 1975-1978 (2005)






Da Suécia, a Kaipa foi a mais conhecida banda de rock progressivo sinfônico. Ela começou como um trio liderado pelos teclados e voz de tenôr do Hans Lundin. Aliás, as pilhas de teclados do cara até superavam as do homem da capa de lantejoulas — fios, plugs, knobs, osciloscópios, válvulas...; bons tempos. Em 1974 a banda acrescentou o jovem guitarrista Roine Stolt, que gradualmente iria tornar-se a maior força criativa nela. Par e passo, o som que era mais próximo daquele feito por Genesis, Camel, Greenslade e Yes, iria tornar-se menos pomposo, mais leve e com maior espaço para a guitarra.
Em 1979, Roine Stolt saiu para formar sua própria banda chamada Fantasia, cujo disco confunde-se na sua própria discografia solo. Lundin levou a Kaipa por mais dois discos, mas o som foi um decepcionante pop-rock.
Essa caixa contém os três discos da primeira fase da banda, mais dois bônus. 



Hans Lundin - orgão Hammond, órgão Krumar, pano Wurlitzer, Fender Rhodes, Hohner Clavinet, grand piano, Mellotron, Harpsichord , Korg String 2000, Logan String-machine, Minimoog, Polymoog, Yamaha Sy1, vibrafone, marimba, vocal
Roine Stolt - guitarras, violões, Talkbox, vocal
Lars Hoflund - vocal
Mats Löfgren - vocal 
Tomas Eriksson - baixo, vocal
Mats Lindberg - baixo, Moog Taurus Pedals, guitarra
Ingemar Bergman - bateria 


Disco 1: Kaipa    
1 Musiken är ljuset   
2 Saker har två sidor    
3 Ankaret   
4 Skogspromenad    
5 Allting har sin början  
6 Se var morgon gry    
7 Förlorad i Istanbul    
8 Oceaner föder liv        
9 Från det ena till det andra    
10 Karavan  

Disco 2: Inget Nytt Under Solen    
1 Skenet bedrar    
2 Ömson sken  
3 Korståg   
4 Stengrodornas parad   
5 Dagens port  
6 Inget nytt under solen    
7 Awakening / Bitterness  
8 How Might I Say Out Clearly  
9 The Gate of Day  
10 Blow Hard All Tradewinds   

Disco 3: Solo    
1 Den skrattande grevinnan    
2 Sen repris   
3 Flytet    
4 Anar dig  
5 Frog funk   
6 Visan i sommaren   
7 Taijgan   
8 Respektera min värld   
9 En igelkotts död   
10 Total förvirring   
11 Sist på plan  

Disco 4: Kaipa Live    
1 Total förvirring    
2 Skenet bedrar   
3 Visan i sommaren   
4 En igelkotts död/Ömsom sken   
5 Inget nytt under solen  
6 Copenhagen House (Jam)  
7 Flytet    
8 Musiken är ljuset   
9 Se var morgon gry   
10 Noice-Village-Stone-Frog  
11 Oceaner föder liv (Closing Section)  

Disco 5: 1974 Unedited Master Demo Recording    
1 Saker har två sidor   
2 Under stora gröna träd   
3 På färd  
4 Taktus   
5 Folke    
6 Allting har sin början genom solen  
7 Cirrus  
8 Akrobaternas flykt   
9 Akrobaternas dans (Homage to Samla Mammas Manna) 
10 Nattens affär  
11 Karavan  

sábado, 7 de novembro de 2015

Roine Stolt - The Flower King (1994)






Roine Stolt é o lider da banda sueca The Flower Kings e também integra a Transatlantic e integrou a The Tangent e a Karmakanic. É natural associá-lo ao neo-prog, só que ele também foi membro da venerável banda Kaipa de 1974 à 1979 e a fez ressurgir em 2000. Ele começou tocando baixo, toca vários instrumentos, mas é na guitarra que é realmente notável — sua habilidade no legato é muito próxima da de Holdsworth. Alguns consideram este o seu primeiro disco solo, porém, há um anterior, de 79, chamado Fantasia. De qualquer forma, como já esclarece o título, aqui está o embrião da banda The Flower Kings e a maioria dos músicos daqui tocaria também naquelas bandas que citei antes.
Roine Stolt vai um pouco naquela onda meio cristã da Spock's Beard e vai mais ainda naquela do Jon Anderson... o positivismo... de um mundo regido pela beleza... Dito isso, é uma boa audição para brasileiros, porque a coisa aqui tá feia, tá preta e quem manda é o cão dos infernos.




Roine Stolt - guitarra, teclados, baixo, vocal, percussão
Hasse Fröberg - vocal (1, 8)
Ulf Wallander - sax soprano (5, 7) 
Hasse Bruniusson - bateria (4, 5, 7, 8), 
Jaime Salazar - bateria, percussão (1, 2, 6) 



1 The Flower King
2 Dissonata
3 The Magic Circus Of Zeb
4 Close Your Eyes
5 The Pilgrims Inn
6 The Sounds Of Violence
7 Humanizzimo
8 Scanning The Greenhouse

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Laurelie - Laurelie (1970)





Laurelie foi uma das primeiras bandas a entrar na onda prog na Bélgica. Ela ainda estava enraizada nos anos 60 e inspirava-se na maneira de compor de bandas como a Traffic e a Barclay James Harvest. Ela lançou apenas esse disco e sua perspectiva é leve e elegante, privilegiando composições condensadas ao invés de improvisações.



Christian Boissart - guitarra, violão, vocal
Yvon Hubert - órgão, piano, vocal
Francis Dozin - flauta, vocal
Pierre Raepsaet - baixo, violão, vocal
André Marquet - bateria



1   Sad Stone
2   Remember Ronny
3   Dracula's Way Of Makin' Love
4   Have A Coke
5   Ugly Dirty Man
6   Tower Of Illusion
7   Spiders In Your Hair
8   Chapter 1: Deborah
9   Chapter 2: Fish
10 Chapter 3: Days, Dreams, Hopes
11 Chapter 4: Pink Clouds
12 Chapter 5: Laurelie, Laurelie

domingo, 1 de novembro de 2015

Asoka - Asoka (1971)






Asoka foi formada em Malmö na Suécia por remanescentes de outra ótima banda chamada Taste of Blues. Ela seguiu pelo hard-rock com riffs de guitarra elevados pelo órgão Hammond. Pode-se até dizer que até aí, nada de original. Porém isso não diminui o talento dos caras. Algumas faixas tem um toque de funk latino bem ao estilo Santana e, não por menos, depois de se separarem, alguns membros da Asoka foram tocar numa banda chamada Lotus.



Robban Larsson - guitarra
Claes Ericsson - órgão, piano, violino
Patrik Erixson - vocal, percussão
Tjobbe Bengtson - baixo
Daffy Bengtson - bateria
com
Bosse Winberg - violão de aço



1   Psykfoni För Ekogitarr Och Poporkester (Excerpt)
2   Ataraxia
3   Leave Me
4   Svensson Blues
5   1975
6   If You Feel
7   Tvivlaren
8   I'm Trying (To Find A Way To Paradise)
9   Psykfoni För Ekogitarr Och Poporkester (Excerpt)
10 The Seeker
11 At El-Yago 9-3
12 Ohio
13 Mama
14 Southern Comfort
15 I Need Your Love
16 Another Kind Of Love
17 Take Off Jam