segunda-feira, 30 de março de 2015

Wynton Marsalis - J Mood (1986)





Nesse último final de semana rolou em São Paulo o Brasiljazzfest, que um dia já chamou-se  Free Jazz Festival, aquele evento magnífico criado pelas irmãs Gardenberg em 1985, cujo único senão foi o primeiro patrocinador. Foi bem mais econômico nessa edição, porém contou com a presença do trompetista Wynton Marsalis e a orquestra do Lincoln Center. 
Wynton é de uma célebre família de músicos: papai Ellis e brothers Delfeayo e Branford. Considera-se que Wynton foi o primeiro músico de jazz a receber ampla promoção de uma gravadora "major", o que acabou tornando-se uma constante preocupação para ele: não ser confundido com um produto. Com isso em mente, ele assumiu o compromisso de restaurar os valores morais do jazz, deixados um tanto ao largo pelo excesso de intelectualismo do free jazz e do cool jazz, colocando os sentimentos naquele ponto em que o jazz ainda era ligado ao blues. 
Nesse álbum, Wynton reduziu sua banda a um quarteto — não contou com a colaboração de longa data com seu irmão Branford no sax, nem com a do pianista Kenny Kirkland — onde se destaca o pianista Marcus Roberts, um especialista em jazz dos anos 40.
Parabéns à Monique Gardenberg!



Wynton Marsalis - trompete
Marcus Roberts - piano
Robert Leslie Hurst III - baixo
Jeff "Tain" Watts - bateria


1 J Mood
2 Presence That Lament Brings
3 Insane Asylum
4 Skain’s Domain
5 Melodique
6 After
7 Much Later








sexta-feira, 27 de março de 2015

Sphere - Four In One (The Music Of Thelonious Monk) 1982





Sphere é o título do último álbum do quarteto de Thelonious Monk e foi o nome escolhido por Charlie Rouse e Ben Riley, dois integrantes desse quarteto, para batizar essa banda. Segundo Rouse, a intenção era estimular Monk a voltar a tocar, ou, ao menos, voltar a compor. Contudo, no mesmo dia 17 de fevereiro de 1982 em que estes quatro músicos competentíssimos entraram no estúdio para gravar, Thelonious Monk faleceu. A Sphere continuou em frente e gravou mais cinco discos de estúdio e um ao vivo.


Charlie Rouse - sax tenôr
Kenny Barron - piano
Buster Williams - baixo
Ben Riley - bateria


1 Four In One
2 Light Blue
3 Monk's Dream
4 Evidence
5 Reflections
6 Eronel


quinta-feira, 26 de março de 2015

Thelonious Monk - Monk's Music (1957)





Quando Thelonious Monk começou sua carreira no final dos anos 40, ele foi ignorado. Pior, desprezado. As pessoas não compreendiam o estilo que ele desenvolveu, suas progressões e tal. Ao mesmo tempo em que estava enraizado na tradição, ele compunha muito à frente do seu tempo. Era considerado excêntrico ou meio doido. Com frequência ele levantava-se do piano enquanto um colega solava e fazia uma dancinha super tosca, que parecia coisa de bebum. Contudo, dez anos mais tarde ele tornou-se o messias, e sem mudar uma vírgula. Tinha seguidores e admiradores como tal, e ninguém lhe imitava. A música moderna mudou aos seus dedos.
Esse álbum é um dos seus grandes momentos, também pelo incrível septeto que montou — só tem fera.
Em 1973, Monk recolheu-se. Ele disse que simplesmente não queria mais tocar e, excetuando-se pouquíssimas aparições, não tocou mais mesmo. Ele estava mentalmente doente e faleceu em fevereiro de 1982.



Thelonious Monk - piano
Gigi Gryce - sax alto (1, 2, 4 à 9)
Coleman Hawkins - sax tenôr
John Coltrane - sax tenôr (1, 2, 4 à 9)
Ray Copeland - trompete (1, 2, 4 à 9)
Wilbur Ware - baixo (2 à 9)
Art Blakey - bateria (2 à 9)



1 Abide With Me
2 Well, You Needn't
3 Ruby, My Dear
4 Off Minor (take 5)
5 Epistrophy
6 Crepuscule With Nellie (take 6)
7 Off Minor (Take 4)
8 Crepuscule With Nellie (takes 4 and 5)
9 Blues For Tomorrow

sexta-feira, 20 de março de 2015

Gandalf - Gallery Of Dreams (1992)




Não devemos confundir este Gandalf com a banda americana dos anos 70. O nome verdadeiro dele é Heinz Strobl e ele é austríaco. Suas raízes estão no rock progressivo mas ele acabou enveredando pela New Age Music, segundo ele, por cansaço pelos Marshall's. Entre suas influências ele destaca a Genesis e, acima de tudo, sua admiração por Steve Hackett. E os dois estão juntos nesse álbum instrumental e excursionaram juntos apresentando-o. Porém, new age não é prog, não tem mudanças de tempo nem nada. Os caras desse gênero achavam que hoje em dia estaríamos vivendo em Vulcano, sem Estado Islâmico, sem Boko Haram, sem PT nem outras dessas merdas aberracionais. 


Gandalf - guitarra, violão 12 cordas, piano, teclados, bandolim, Taurus Bass-Pedal, vibrafone, percussão
Steve Hackett - guitarra, violão clássico
Tracy Hitchings - vocal
Robert Julian Horky - flautas
Andrea Krauk - oboé


1  Face In The Mirror
2  Willowman - Watcher Of The Waters
3  Alone Again
4  Between Different Worlds
5  Another Dream
6  Song Of The Unicorn
7  Winged Shadows
8  Choir Of Elves
9  Lady Of The Golden Forest
10 Hand In Hand
11 Gallery Of Dreams
12 Fields Of Eternal Harmony
13 End Of The Rainbow

quinta-feira, 19 de março de 2015

Ian McDonald - Drivers Eyes (1999)




Ian McDonald estreou sua carreira na King Crimson e nela foi uma das forças criadoras até o álbum Red. Depois ele embarcou na Foreigner, uma banda bastante comercial, na qual seu talento ao sax e aos teclados fez a diferença. Mas foi só depois de tudo isso e mais um pouco é que ele lançou seu disco solo, recheado de célebres músicos, alguns ex-companheiros, e dentre os quais se destaca Steve Hackett. O som espelha as duas bandas, mas é claro que o melhor é o lado prog.


Ian McDonald - vocal, guitarras, sintetizadores, piano, piano elétrico, órgão Hammond, flautas, saxes, clarinete, percussão, baixo
Steve Hackett - guitarra, harmônica
Peter Frampton - guitarra
Hugh McCracken - guitarra
G.E. Smith (Saturday Night Live Band) - guitarra
Maxwell McDonald - violão
Stephen Gosling - piano
Gary Brooker (Procol Harum) - vocal
John Wetton (KIng Crimson) - vocal
Lou Gramm (Foreigner) - vocal
John Waite (Bad English) - vocal
Mitch Weissman - vocal
Ian Lloyd - vocal
Keith Underwood - flauta
Immanuel Davis - flauta piccolo
Park Stickney - harpa
Paul Ossola - baixo
Kenny Aaronson - baixo
Michael Giles (Giles Giles & Fripp, King Crimson) - bateria, percussão, vocal
Steve Holley - bateria, percussão
Dan Coleman - regência


1  Overture
2  In Your Hands
3  You Are A Part Of Me
4  Sax Fifth Avenue
5  Forever And Ever
6  Saturday Night In Tokyo
7  Hawaii
8  Straight Back To You
9  If I Was
10 Demimonde
11 Let There Be Light

sexta-feira, 13 de março de 2015

Box Of Frogs - Strange Land (1986)




Três dos fundadores da Yardbirds formaram essa banda de blues-rock com o ex-Medicine Head John Fiddler nos vocais. Eles lançaram dois discos, cada qual com uma penca de convidados mais que especiais. Esse é o segundo deles e tem Steve Hackett nas faixas 3 e 9. A coisa começou como uma reunião dos ex-Yardbirds em 1983 para uma única apresentação no clube Marquee, e era a primeira vêz que tocavam juntos desde 1968. E a coisa foi tão bem que resolveram montar esse projeto. O primeiro disco tinha outro ex-Yardbird, o Jeff Beck.


Chris Dreja - guitarra rítimica, percussão, backing vocal
Paul Samwell-Smith - baixo, backing vocal, percussão, sintetizadores
Jim McCarty - bateria, percussão, backing vocal
John Fiddler - vocal, guitarras, percussão, sintetizadores

com:
Steve Hackett - guitarra
Jimmy Page - guitarra
Rory Gallagher - guitarra
Dzal Martin - guitarra
John Knightsbridge (Illusion) - guitarra
Max Middleton (Jeff Beck Group) - sintetizador
Peter John Vettese (Jethro Tull) -sintetizador
Geraint Watkins (Willie And The Poor Boys) - piano
Graham Parker - vocal
Ian Dury - vocal
Roger Chapman (Family) - vocal
Graham Gouldman (10cc) - guitarra rítimica, backing vocal
David Clayton  (Simply Red) - teclados
Neil Lockwood (Electric Light Orchestra) - backing vocal
Julie Roberts - backing vocal
Carroll Thompson - backing vocal


1  Get It While You Can
2  You Mix Me Up
3  Average
4  House On Fire
5  Hanging From The Wreckage
6  Heart Full Of Soul
7  Asylum
8  Strange Land
9  Trouble
10 I Keep Calling

terça-feira, 10 de março de 2015

Peter Banks - Two Sides Of Peter Banks (1973)






Já membro do Genesis, Steve Hackett participou deste primeiro disco solo de Peter Banks, lançado após três discos com a banda Flash. Ele é um clássico indispensável e foi composto em parceria com Jan Akkerman da Focus. Só lembrando, Banks foi fundador da Yes, foi o responsável inclusive pelo nome, e tocou nos dois primeiros discos da banda —  embora seus solos no segundo disco disco tenham sido suprimidos na mixagem final. Ele é um grande guitarrista, está um degrau abaixo de Howe, Hackett e Akkerman, é bem verdade, mas merece reconhecimento. Aqui ele chega a duelar com Akkerman, cada um em um canal.
Essa é uma edição dupla: o cd 1 é a versão remasterizada e o 2 é fiel ao LP, e ambos tem as mesmas faixas.



Peter Banks - guitarra, violão, ARP, Minimoog, piano Fender Rhodes 
Jan Akkerman - guitarra (1,4,6,8,9), violão (7)
Steve Hackett - guitarra (5)
Ray Bennett (Flash) - baixo (3 à 5,8,9)
John Wetton - baixo (5)
Phil Collins - bateria (4,5,8,9)
Mike Hough (Flash) - bateria (3)



1 Vision of the King 
2 The White Horse Vale 
   a. On the Hill
   b. Lord of the Dragon
3 Knights 
  a. The Falcon
  b. The Bear
4 Battles 
5 Knights – Reprise
6 Last Eclpise
7 Beyond the Loneliest Sea 
8 Stop That! 
9 Get Out of My Fridge 

segunda-feira, 9 de março de 2015

Quiet World - The Road (1970)





Steve Hackett está no Brasil com a turnê Genesis Revisited e se apresenta amanhã e quinta (12/3, show extra), em São Paulo. A última vez que ele esteve por aqui foi há uns bons 10 anos, lembrando que ele foi casado com uma brasileira e já manteve uma casa aqui. O repertório foca a fase Peter Gabriel da banda e é um trabalho primoroso. 
Vale, então, lembrar do seu primeiro trabalho em disco, feito um pouco antes de ir substituir Anthony Phillips no Genesis. Essa banda foi formada pelos desconhecidos irmãos Lea, Neil and John Heather que compuseram uma obra conceitual sobre a vida e a morte, um tanto ao prog, um tanto ao pop sofisticado, e com um acento de cristandade. Falando em irmãos, está aí também o John Hackett. Enche um pouco o saco aquelas partes com narrador, mas é um disco interessante. Dessa turma toda, só mesmo os Hackett foram pra frente.


John Heather - violão, vocal
Steve Hackett - guitarra, violão, harmônica
John Hackett - violão
Phil Henderson - piano, trompete, órgão, vocal, arranjos
Gill Gilberts - vocal
Eddy Hines - flauta, sax
Dick Driver - baixo elétrico e acústico 
Sean O'Mally - bateria


1  The Great Birth 
2  Theme/First Light 
3  ThemeStar 
4  Theme/Loneliness 
5  Theme/Change Of Age 
6  Christ One 
7  Hang On 
8  Christ Continued 
9  Body To The Mind 
10 Traveller 
11 Let Everybody Sing 
12 Theme/Children Of The World 
13 Change Of Age 
14 Love Is Walking

quinta-feira, 5 de março de 2015

Gift - Gift (1972)





A Gift começou sua carreira em 1969 com o nome de Phallus Dei mas nesse ponto não há muita informação. Dizem que um LP foi gravado, porém,  nunca lançado e que um contrato nunca foi formalizado. Aí, sabe-se que mudaram o nome para Gift e também mudaram a orientação musical para o hard-rock. Então, esse primeiro disco saiu pela Telefunken. Os créditos incluem Nick Woodland como o principal guitarrista, contudo, supostamente, ele teria deixado a banda no meio das gravações para integrar a Sahara.


Nick Woodland - guitarra, vocal
Rainer Baur - guitarra
Helmut Treichel - vocal
Uwe Patzke - baixo
Hermann "Mandy" Lange - bateria, percussão


1 Drugs  
2 You´ll Never Be Accepted  
3 Groupie  
4 Time Machine  
5 Game Of Skill  
6 Don´t Hurry  
7 Your Life 
8 Bad Vibrations

terça-feira, 3 de março de 2015

Out Of Focus - Wake Up! (1970)




A Out of Focus existiu por cerca de dez anos e foi uma das melhores bandas do rock alemão. Formada em 1968, em Munique, ela fez uma refinada mistura de rock e jazz sobre uma base psicodélica. Bem ao estilo do krautrock, ela ultrapassou todas essas fronteiras com longos trechos instrumentais e muita criatividade. As letras, na sua maioria escritas por Moran Neumüller, continham um forte cunho sócio-político.



Remigius Drechsler - guitarras
Hennes Hering - órgão, piano
Moran Neumüller - vocal, sax tenôr, flauta
Stefan Wisheu - baixo
Klaus Spöri - bateria


1 See How A White Negro Flies
2 God Save The Queen, Cried Jesus
3 Hey John
4 No Name
5 World's End
6 Dark, Darker