quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Porcupine Tree - In Absentia (2002)




In Absentia é a evolução natural na transformação que a banda foi tendo a partir do álbum Stupid Dream. Mais do que isso, é o ápice. A cada um dos dois discos anteriores, eles foram acrescentando elementos do metal e tornando o som mais áspero. Esse processo continua e, de certo modo, pode ter sido pensado para obter melhores resultados comerciais, o que de fato aconteceu. Com este disco eles estrearam numa gravadora grande, a Lava é subsidiária da Atlantic. Certamente atraiu um público que não daria muita bola para aquele som floidiano espacial do The Sky Moves Sideways e tal. Só que isso não tem nada a ver com o "comercial", artisticamente falando. Eu acho esse disco brilhante do começo ao fim. Começo, aliás, que já é um soco no estômago. É genial a maneira como eles vão transitando entre trechos suaves com belas harmonizações vocais, outros bem pesados e outros ainda com linhas de baixo profundas e aquele climão deprê. Outro ponto muito legau é o bom gosto com que alternam entre o acústico e o elétrico, subitamente até, mas sem quebrar  a onda que leva seu ouvido até o fading do piano lá na faixa 12. Como se não bastasse, há ainda ótimas letras — eu gosto muito da de "Sound of Muzak", faixa que tem um raro e belo solo de guitarra e, de quebra, também tem uma levada jazzística de bateria do Gavin Harrison. Aliás, que baterista fenomenal é esse cara! Resumindo: discão altamente recomendado, imperdível pois obrigatório.

Steven Wilson -guitarra,vocal
Richard Barbieri -teclados
Colin Edwin -baixo
Gavin Harrison -bateria
John Wesley -vocal (1,4,7),guitarra (1)
Aviv Geffen -vocals (4,7)
Dave Gregory -arranjos para as cordas e condução

CD 1
1 Blackest Eyes
2 Trains 
3 Lips of Ashes 
4 The Sound of Muzak 
5 Gravity Eyelids  
6 Wedding Nails  
7 Prodigal
8 .3 
9 The Creator Has a Mastertape 
10 Heartattack in a Layby 
11 Strip the Soul  
12 Collapse the Light Into Earth

CD 2
1 Drown With Me
2 Chloroform
3 Strip The Soul (Video edit)